Bitcoin se aproxima da cruz dourada e gera expectativa positiva
O Bitcoin acaba de mostrar um sinal raríssimo de alta, conhecido na gíria dos traders como “cruz dourada”. Esse fenômeno aconteceu no indicador MACD (Convergência/Divergência da Média Móvel) diário, e curiosamente, coincide com um ponto baixo no indicador MVRV (Valor de Mercado para Valor Realizado) que está próximo de US$ 107 mil.
De acordo com o analista que se apresenta como Mr. Wall Street, esse evento, que ocorreu há algumas semanas, só apareceu três vezes durante o ciclo atual. E em todas as ocasiões anteriores, ele marcou momentos significativos de recuperação para o Bitcoin. A cruz dourada é quando a média móvel de 50 períodos, geralmente calculada em dias, ultrapassa a média de 200 períodos. No entanto, desta vez, foi a média de 50 semanas que superou a de 200 semanas.
Já pensou que essa situação é o oposto da “cruz da morte”? Isso acontece quando a média mais curta cai abaixo da mais longa. Para muitos traders, esses cruzamentos são pistas sobre a direção do preço do Bitcoin, mas, na prática, o histórico mostra que eles não garantem um caminho claro.
Mr. Wall Street fez um apanhado interessante de ocorrências passadas. Ele observou que esse mesmo conjunto de sinais surgiu quando o Bitcoin estava em US$ 76 mil, em meio a temores de tarifas, e também nos momentos em que a criptomoeda chegou a US$ 49 mil durante o carry trade do iene. Outras marcas notáveis foram entre US$ 16 mil e US$ 18 mil, logo após o colapso da FTX.
Para onde o preço do Bitcoin vai agora?
A última cruz dourada é considerada ainda mais poderosa porque o MACD cruzou uma área negativa no gráfico diário. Historicamente, essa condição indica uma valorização que pode variar entre 30% e 40%. Com base nos padrões anteriores, Mr. Wall Street sugere que o Bitcoin pode atingir uma faixa entre US$ 140 mil e US$ 150 mil.
O analista propõe dois caminhos para o futuro do Bitcoin:
- Reversão em andamento: O ponto baixo próximo de US$ 107 mil teria se solidificado, fazendo o preço subir a partir daí.
- Rejeição temporária: O Bitcoin poderia chegar a US$ 120 mil, cair para testar novos mínimos mensais e, a partir de uma divergência positiva no RSI (Índice de Força Relativa), começar uma escalada rumo a US$ 140 mil. Esse segundo cenário poderia frustrar traders que esperam uma correção antes de uma nova alta.
A decisão sobre qual dos cenários se materializará está nas mãos do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) e do pronunciamento que o presidente do Fed, Jerome Powell, fará na quarta-feira. O que ele indicar para novembro será fundamental.
Vale a pena lembrar que uma cruz dourada é apenas uma entre muitos indicadores que os traders usam. Investidores mais cautelosos costumam pensar em estratégias de gerenciamento de risco e levar em conta outras variáveis.
A alta do Bitcoin não acabou
Em uma linha de pensamento semelhante, Sean Dawson, líder de pesquisa na plataforma de opções on-chain Derive.xyz, comentou que a “alta ainda não acabou”. Para ele, o quarto trimestre está apenas começando. Dawson ressalta que há uma especulação crescente sobre se já chegamos ao fim do ciclo, mas ele não acredita que isso seja verdade. Embora as próximas semanas possam trazer um pouco mais de volatilidade e algumas dificuldades, especialmente em setembro, que tende a ser um mês complicado para as criptomoedas, ele mantém uma visão otimista.
Fica evidente que o mercado de criptomoedas está cheio de nuances e que cada nova atualização traz novas oportunidades e desafios. Com os olhos sempre atentos, os traders e investidores continuam a navegar por esse cenário dinâmico e em constante mudança.